#Marketing Digital 29 abr 2025
Hoje, é comum que gestores de marca se sintam pressionados a marcar presença em todas as redes sociais. Afinal, se todo mundo está lá, sua marca também deveria estar, certo?
Errado. Ou, pelo menos, nem sempre certo.
A verdade é que estar nas redes sociais por obrigação, sem um propósito definido ou uma estratégia clara, pode mais atrapalhar do que ajudar. A presença digital deve ser um reflexo coerente do posicionamento da marca.
Caso contrário, corre-se o risco de cair na armadilha do “estar por estar”, o que enfraquece a percepção de valor.
O universo digital trouxe uma nova lógica para marcas: quem não está nas redes, não existe. Pelo menos, é isso que o discurso dominante sugere.
Essa ideia tem levado muitas marcas a construírem perfis no automático, reproduzindo tendências, sem questionar se esses canais fazem sentido em sua jornada estratégica.
Mas branding não é ocupação de espaço. É construção de significado.
Uma marca só existe com clareza quando sabe exatamente o que está comunicando, e o que está construindo ao longo do tempo.
Redes sociais podem (ou não) fazer parte desse plano. E tudo começa com uma pergunta incômoda: por que sua marca está aqui?
Redes sociais operam na lógica da performance: curtidas, visualizações, compartilhamentos, engajamento. Esses números são tentadores. Mas eles não necessariamente medem o que importa.
Performance sem profundidade pode gerar vaidade. E vaidade não sustenta marcas.
Antes de perseguir métricas, é preciso garantir coerência com o core da marca. Afinal, nem todo conteúdo que gera engajamento comunica valor.
Marcas que constroem autoridade de verdade são aquelas que resistem à pressão do “virar tendência” e escolhem se comunicar com intenção, mesmo que isso signifique alcançar menos gente, desde que seja o público certo.
Estar em muitas redes pode parecer abrangente, mas isso não garante relevância. Relevância nasce da escuta, da empatia e da presença com sentido.
Isso exige escolher plataformas que conversem com o comportamento do público-alvo, respeitem o tom da marca e ofereçam espaço para narrativas autênticas. Uma marca B2B, por exemplo, talvez não precise do TikTok, mas pode se destacar com consistência no LinkedIn e em um blog bem cuidado.
Aqui, vale reforçar um princípio do branding maduro: é melhor ser fundamental em um lugar do que acessório em todos.
Quando se trata de presença digital, uma boa curadoria pode ser tão valiosa quanto uma boa criação. Marcas que escolhem onde não estar demonstram maturidade estratégica. Elas focam seus recursos financeiros, criativos e de tempo, onde podem entregar consistência, estética e mensagem.
Isso não significa ausência. Significa presença com intenção.
Uma rede social bem conduzida é quase como uma “vitrine viva”: ela comunica valores, evoca sensações e constrói confiança. Mas, para isso, é preciso ritmo, coerência visual e narrativa alinhada à identidade da marca.
Antes de decidir em quais redes sociais sua marca deve estar, faça uma pausa estratégica. Reflita sobre:
Quando as redes sociais passam a ser uma ferramenta e não o plano inteiro, elas ganham potência real.
O branding contemporâneo não se sustenta no volume, mas no significado. Redes sociais não são obrigatórias. São possibilidades.
Na almabrands, acreditamos que cada marca tem um caminho único a seguir. E esse caminho começa por dentro, não no algoritmo.
Antes de abrir um novo perfil, talvez seja hora de olhar para dentro. Sua marca sabe o que está construindo?